Os meningiomas da base do crânio são tumores benignos que se originam nas meninges, as membranas que envolvem o cérebro. Estes tumores têm predileção por áreas específicas como o seio cavernoso, a asa do esfenóide e a região petroclival, apresentando desafios únicos devido à sua localização complexa. Os sintomas podem variar significativamente dependendo da localização exata do tumor, mas frequentemente incluem dores de cabeça, alterações visuais, convulsões e déficits neurológicos focais. Em alguns casos, os pacientes podem experimentar alterações de personalidade ou comprometimento cognitivo.

O diagnóstico de meningioma geralmente envolve uma combinação de exames de imagem, principalmente ressonância magnética (RM) com contraste, que permite visualizar detalhadamente o tumor e sua relação com estruturas adjacentes. A tomografia computadorizada (TC) também pode ser útil, especialmente para avaliar calcificações tumorais e envolvimento ósseo. A biópsia pode ser necessária em casos específicos para confirmar o diagnóstico.

O tratamento dos meningiomas da base do crânio é individualizado e depende de diversos fatores, incluindo tamanho do tumor, localização, taxa de crescimento e sintomas apresentados. A cirurgia é frequentemente o tratamento de escolha, visando a ressecção completa quando possível. No entanto, devido à localização complexa, a remoção total nem sempre é viável sem causar déficits neurológicos significativos. Em casos selecionados, a radioterapia pode ser utilizada como tratamento primário ou adjuvante, especialmente em tumores residuais ou recorrentes.

O acompanhamento pós-tratamento é crucial, com exames de imagem regulares para monitorar possível recorrência. O prognóstico geralmente é favorável, embora varie conforme o grau histológico do tumor e a extensão da ressecção cirúrgica. Avanços em técnicas microcirúrgicas, navegação intraoperatória e radiocirurgia têm melhorado significativamente os resultados do tratamento nas últimas décadas.

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